sábado, 27 de fevereiro de 2010

vamos menina, é só uma prosa.

Gostaria de ser objetiva certas vezes, mas as métricas, rimas e versos soltos me prendem.
Pois bem, isso tem que ser mais simples que eu imagino.

Me desfiz de projetos que achei de dariam certo, só por dar... só por querer já tomar um rumo, o rumo que fosse, mas o meu já estava traçado não tinha que me desviar dele. Correr atrás de um sonho e simplesmente desistir e partir para algo que não tem nada a ver com o que eu desejo só pra me enganar por um tempo.

Ainda sou da opinião que se não é pra acontecer, não é pra acontecer. Isso pode ser um tanto quanto ilusório, mas eu nunca tive tanta certeza de dizer "não" para uma mudança brusca. A maioria pode me chamar de louca, de irresponsável, de quem está desdenhando, mas ninguém sabe o que ocorre na mente e no coração de cada um. E são fatos e mais fatos que vão ocorrendo que me dão forças pra dizer: eu fiz certo, mas também não é fácil, não tem sido fácil.

Me vi perdida, devo confessar, mas quem nunca se perdeu nas próprias loucuras? O que me pôs no lugar foi o apoio de pessoas que tenho ao meu lado e a confiança que tenho que ter em mim, ai as ideias borbulham novamente e o fôlego me salva.

E sabe aquela pessoa que você sempre sentiu saudades, mas você não a conhecia, que você sempre sonhou, previu, mas nunca tinha ideia de quem seria? ( É rimei =/ ) Pois é... "Tamo junto, tamo bem, eu gosto de você e você gosta de mim, e agora que mal tem?" (rimei denovo ;/).
O que acontece é que "vivo em madrugadas tão vazias como essa"... E a força está ai, pra quem quiser sentir, só num posso prever amanhã, isso não posso mesmo.


-Acho que não doeu, que me desculpem as poesias-

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Segundos reciclados

É em um espaço vago que pequenas aflições se juntam e ferem. Ela estava por lá, só estava por lá, quais eram as intenções? nenhuma. A flor que segurava forte se desfazia em cada segundo, em cada pétala caída, ela sabia que era o fim. Escutava sussurros, via a vela se transformando em nada, a chama estava acessa ainda, o que a tornava real.

Impossível não saber a hora exata da solidão, o fim pode ser todos os dias e o recomeço em segundos. A flor era temporal, as pétalas caídas também. A vela era temporal, a chama não.
Ela sabia que tinha a escuridão, mas o brilho vinha de outras frestas distantes, cada vez mais perto quando se sentia confiante e cada vez mais longínqua quando se fechava nos seus chamados.

Esperar não era o seu forte, intensidade era a palavra. Mas a contradição era sublime ao mostrar peças-chaves pro seu caminho. Ela era livre, o que lhe fazia feliz. Ela continua livre, o que a aprisionava, pois as respostas eram inúmeras pra cada pergunta. Enquanto isso a flor caia, a vela derretia, a solidão era um fato, as frestas eram mais brilhantes, o espaço que era vago agora se preenchia e a contradição permanecia.

São fases adicionais ou permanentes. O tempo poderia ser algo reciclável, fazer cada segundo se tornar mais perfeito do que o anterior ou menos angustiante.