sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

dois mil e dez

na moral, não sei como começar...

Falam que a vida é como montanha russa, feita de altos e baixos e blá blá blá,
não sei se a vida inteira é assim, sei que esse ano ao menos foi, e muito.

Desde o começo não poupou surpresas, começo mesmo...
Mil provas, mil esbórnias, mil choros, mil saudades, mil encontros, mil distâncias... mil..
Emprego novo, crianças, eventos eternos, lugares diferentes todos os dias, pessoas incríveis,
simplicidade, amadurecimento, estabilidade.

De fato o coração -ou o que seja que se refira ao amor- não quis saber de descanso, mas queria sossego.. ao menos faz uns meses que ele encontrou. Mas, se contorceu bastante... aprendeu.

Finalmente comecei a minha aula de canto, e sabe, se eu canto.. eu vivo.

Tenho que cumprir algumas metas ainda desse ano... creio que posso terminá-las ainda no começo de 2011, mas, a vontade de crescer mais e mais, só aumenta... -é pouco pro que sinto, é mais do que sei-.


Todos os anos eu tento fazer agradecimentos ou citações de cada pessoa que possa ter se destacado no ano, mas, quem sabe verdadeiramente, quem sente que fez a diferença, que marcou, conhece a reciprocidade...

Reciprocidade, é, acho que essa é a palavra!

Quero o simples, pra fazer do pouco o imenso, criar do nada o meu tudo.. e ter orgulho.

Feliz 2011 (:


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Leve olhar pra trás...


... suspira e projeta o que tem em vista.

Quantos anos, dias, horas, minutos, segundos ou milésimos precisamos para se surpreender com o desfecho de um argumento?
Você aparece, na singularidade da sua presença... como sempre foi, como sempre deverá ser.


Quando menina, segundos pareciam minutos, minutos pareciam horas, horas pareciam dias, dias pareciam anos e anos pareciam a eternidade.

Hoje prefiro a eternidade dos segundos amados... a sincronia da pausa dos minutos ... a irreverência das horas batidas... a excelência dos dias inundados de escolhas e a sabedoria dos anos.

Mas, porque não olhou pro segundo passado aquela vez?

Pois temos o que merecemos, no caso, foram os anos.


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ser feliz é um fato

é extremamente ridículo e desonesto como eu consigo escrever bem mais em tempos de sentimentos ruins...

É que ser feliz é um fato, escondido, tímido, esporádico, mas é um fato.
Quando ele aparece nem nos damos conta, vivemos, revivemos, e só sentimos quando nos falta.





Foi vindo, se aproximando aos poucos, em passos leves que nunca teria visto antes.
Foi olhar, reparar, repensar e deixar pra lá...
Continuou vindo, apegou e sugou a tristeza,
Substituiu pela certeza da calma -do sossego-, trouxe o toque das palavras com a mania de ser feliz, com a simplicidade do olhar pedinte e recíproco de terno.

Falaria em clichês de amor, conjugaria o verbo, mas... dedico suspiros por saber que é mais.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

realidade irreal

a sensação de não se encaixar mais, é válida?


Sempre tendeu a ser algo lúcido, fatídico e brilhante.
Foi, mas sopra um vento, piscam os olhos e vira uma noite, e os fatos já não valem como argumento.
Friamente - não propositalmente - cria um estandarte do momento e se faz como se tudo soasse inválido.

Crítico, mas não depressivo, nem ao menos munido de algo negativo... É olhar pro agora e não reconhecer um flash do passado ou ter sub-julgado que passou por algo superficial, não tatuou ou ao menos os sintomas diagnosticados eram apenas passageiros.

Passa....

terça-feira, 26 de outubro de 2010

"tudo aquilo, nada disso"

Nunca necessitaria igualar níveis pra fazer sentir o que deveria.


Pode acreditar, da calamidade da prosa à melodia da poesia... não deveria.


Simplesmente pegar o primeiro atalho que aparece e de repente olhar pra trás e se deparar uma bola de neve um tanto quanto imensa, inesperada e indesejada. "tudo aquilo, nada disso"

É como retomar sílabas tônicas já ditas e por um segundo que seja furtar injustamente a tranquilidade tão quista e já conquistada. -foco no atalho-

Mas, os giros nunca esconderam que a tranquilidade não faz parte da rotina, ao menos não na maioria das horas.

Colidiu alguns passos, retrocedeu alguns instantes, mas, o verbo já conjugado no passado alivia.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Enjôo

A felicidade é uma correnteza sem fim, sem direção e sem chance de defesa...
Você no início, tenta lutar contra ela -afinal, quem gosta de nadar em algo que você não sabe onde vai chegar?-

Mas, cansa, é uma fadiga que começa a parecer desnecessária, e você vai, como quem nunca soube onde exageros poderiam chegar.

E realmente pode chegar em algo, de repente, não mais que de repente, é como se alguém tirasse a tampa do ralo e te colocasse no rumo de um buraco fundo, vazio e atordoante.
Você vê passar com você tudo o que a correnteza te fez parar de lutar contra, indo, indo, indo...

indo...

Tão frágil quanto você...

Você roda, roda, roda antes de chegar lá, é nauseante, é torturante...

-e vomitar não alivia- quanto mais eu tento chegar mais rápido para onde quer que seja, mais eu rodo, mais eu me enjôo.

-agora eu quero lutar contra a correnteza né?-

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

bocado de medo

acho que hoje não vou conseguir escrever um texto desenfreado, e sim atropelar linhas, letras, rimas e palavras.

Gosto quando sinto medo, não aquele medo que faz você evitar algo, mas o que te faz repensar e fazer do mesmo jeito.
Aproveito o encorajamento do milésimo de segundo que me vejo pondo algo à frente. Recuar é preciso, mas de forma que eu não me limite.

Limitar, é esse o verbo que eu repugno de corpo e alma.

Até onde vou é o limite que me ponho, se quero ir além, é porque o limite ainda não chegou.
Tanto desenfreio assim causa medo... me causa, te causa, nos causa -i guess- mas, desculpa... sinceramente não sei colocar pausas em enormes colisões de pensamentos -foco nos matinais-.

O que é real traz consigo contrastes....

o que me deixa em plenitude de paz... os sintomas estão crescendo, é real.

domingo, 12 de setembro de 2010

pra ser sincera...

pra ser envolta à quem se faz indispensável,
pra dominar a arte de abstrair a angústia e fixar a ideia de que sentir é viver.

pra ser sincera,
engolir doces e construtivas memórias digere a ambiguidade da tristeza, que ora me fortalece e ora me desliga.
pra ser sincera,
te trazer é fazer de mim um excesso necessário.
pra ser sincera,
subtrair as impossibilidades multiplica meu poder do real.

pra ser sincera,
eu não poderia mais dizer que o que me completa é vivenciar agora.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

refúgio, não..

entre a diferença da presença e de um físico distante que se aproxima.

-do que vivemos mais?-

uma fila enorme de tormentos, um atalho pra recaídas, caminhos que só caem em contramão e de vez em quando um caminho de ladrilhos que nos levam à dias de riso, paz e sossego.
ficamos lá até quando nos convém, pois é cômodo... nem sempre podemos ficar, mas podemos trazer e somar ao trajeto -vem ou não vem-.

é que não me dou bem em refúgios, mesmo que num piscar sou levada pros caminhos contraditórios ao meu destino, -brusca tomada- vem o lado realidade instantânea, que não acho ruim, não mesmo, achar um buraco confortável e arejado para se acomodar não deixa de ser buraco.

quero somatória, equações de mil graus, caídas dançantes, medo de altura com vento. -que já não é igual ao vento movimentando o balanço no parque-

terça-feira, 3 de agosto de 2010

como o vento no balanço do parque.

Pode reparar, um parque sozinho e a balança se movimentando apenas pelo vento.


aí você para, se desconserta e foca no silêncio, desfoca para o ruído ensurdecedor das correntes da balança, como algo pedindo atenção... mas, atenção para o nada?
te leva e traz no imaginário, você sente aquele friozinho na barriga só de olhar o brinquedo e se desaba na plenitude do incerto.
Você dá um passo e vai se encantando pelo envolvente, já se sentindo nele sem ao menos já ter experimentado.

porque o vento? porque a intuição? pra quê a sensação?



segunda-feira, 12 de julho de 2010

be proud

Peito inchado de ar.
A distância a qual fomos, a qual eu poderia ter ido, a qual eu não devia ter parado, é eu parei.
Rosas, notas e os drinks... tsc, à la moda da casa.
Estilo à la carte, mas desculpa o cardápio não é tão variado e a partir do bom gosto já é cobrado.
Não vá pelo quão carnal isso possa ser, é mais do que isso, é mais do que simplesmente, simplesmente a gente.
Nós estamos bem, seja pelo jeito que tudo aparenta ser.

E as notas, certa vez já disse que elas me perfuram. E você poderia sentir isso também, mas be proud. O porquê você já deve saber...
Algum dia poderia transfigurar tal fingimento como papel de primeira, cheio de falas, belas ações e passos falsos. Ao menos be proud por cair bem na personagem.

E não, eu não poderia querer algo melhor para ele do que um sorriso escancarado, pesado e vencido, é... um sorriso vencido.
Equiparado a um sorriso singelo, novo, vindo de outras frestas, ah! as frestas, como eu podia ter esquecido delas? É, be proud mulher.... melhor do que um sorriso vencido é um espaço sem vácuo...é a paz fingida ou fingindo ter paz?

terça-feira, 22 de junho de 2010

Princípio de tortura realmente desnecessária.
Já não tinha direções, acabei achando pequenos atalhos, pequenas frestas, pequenos passos... pequenos.
Não sabia dizer Olá, quem dirá Até logo e me envergonho disso, verdadeiramente.
Era um lequê de opções fantasiados, uma roleta ou um golpe no estômago também.
A fome nunca me veio, ao menos dormir era fácil e até isso eu consegui afastar.
Até isso eu consigo fazer ser real, sonhar vivendo, viver sonhando. E ninguém nunca acreditou que isso seria um tiro nos pés. Nunca pararam pra avaliar e submeter qualquer ato falho, descoordenado ou simplesmente acontecido.

Me envergonha..

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Verbalizar nostalgia

Jun/2006: festejar, produzir, valsear, restropectivar, embebedar, trucidar, desfazer, garantir, nausear.

Jun/2007: cansar, cantar, socializar, acompanhar, finalizar, esquentar, esfriar, cervejar, cegar.


Jun/2008: investir, estrelar, recomeçar, interessar, apostar, magoar, frustrar, abster.


Jun/2009: saber, estudar, ler, truquear, entender, suprir, sumir, buscar, acreditar.


Jun/2010: distanciar, indiferenciar, trabalhar, socializar, buscar, acreditar, sorrir, chorar sorrindo, gargalhar, transportar, mentalizar, mudar, verbalizar: complete a frase.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

-alavancando a minha confusão, porque será que isso não poderia ter acontecido antes?

Aí vem toda aquela história de contradição, de indiferença, de gelo ilusório que não resumem nada.
Podia ser tranqüilamente apenas mais uma prosa desenfreada de comentários assíduos à minha mente, mas não.. é realidade, é razão.

É repetição de fatos exaustivos, que cegam e deprimem a vontade de não mudar. Mas sempre vai ter a frase, aquele conjunto de palavras que demoram tempos, as vezes muito, as vezes pouco, mas tempo suficiente para fazer eu não perder a essência das promessas e atitudes tomadas.

-risadas-

É o pleonasmo que insiste em me fazer enfrentar cada acontecimento como esse, ciclo vicioso, fase, ou seja lá o que chama...

O Jonny Craig chamaria de 7AM, 2 bottles and the wrong road, eu até sou adepta, mas tem o resto da música que também pode complementar.

- e é de 7am, bottles e caminhos, errados ou não, que eu tenho vivido pra tentar construir alguma lembrança, boa ou não, de lados pessoais e pensamentos de fim de dia-.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Queria estar postando algo mais que a solidão, mas só ela está dando o ar da graça. Não que a vida esteja sem sentido, mas que esteja não sentindo.

Não que apenas a presença pudesse preencher tudo, mas por ver que apenas a existência já é encarregada de trazer turbilhões de dores, angústias e frustrações - as mesmas que puderam trazer preenchimentos-.

Já ouvi mil clichês sobre a solidão, mas nenhum , leia-se... -nenhum-, consegue me explicar. Solitária por vivência, solitária por destino, solitária por doação, solitária por opinião, tachada de solitária inadequadamente, leia-se... -solidão é se sentir só na alma, ser só fisicamente é diferente-, mas hoje sinto a onipresente falta de um dia ter visto além da solidão, amanhã pode ser que a indiferença volte.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Contraste

"Acorda! ela não está sonhando...
Acorda! ela não está se realizando...
Acorda! ela só se pertence...
Acorda! ela prefere estar sozinha com as frases dela...
Acorda! ela não quer mais ... ela só não quer mais...
Acorda! ela não consegue dizer não, quando é o que ela mais precisava."

Pequeno trecho desse post de setembro do ano passado, que queira eu ou não sempre acaba na mesma. "Sim, são todos iguais... e esse brilho nos seus olhos um dia desaparece querida, ilusão, realidade confrontam-se, você está em cima do muro: Pulo ou não pulo, eis a questão".


Contraste

Subestimando as tentações,
Lava o início, adocica o meio e ri do final,
Contrastando os meios de se fazer algo dar certo....ou não.
Jogando a moeda pra cima, cara ou coroa, 8 ou 80,
Sabe ou não sabe, esquece ou relembra, fica ou vai, chora ou ri, raiva ou terno,
Sobe ou desce, nasce ou morre, apega ou desapega, café ou leite, cravo ou rosa, branco ou preto, Estrelas ou ondas, vozes ou silêncio.

-Diz a lenda que completava...-



-Mas como lendas são lendas, tenho preferido as crônicas com fins morais-

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Passos

Ai ela abre os olhos denovo...

Olha lá ela abrindo e não vendo o foco!
Dá um tropeço, se endireita e cai em uma linha,
Linha imposta para um caminho que nem ela sabia aonde daria,
Mas não eram linhas normais, "lineares", eram curvas e redemoinhos misturados.

Notas e vozes recheavam a sua caminhada para torná-la menos cansativa.
Acalorava-se com os sorrisos que seus passos bem dados trouxeram,
Utilizava os passos anteriores como referência, mas distribuía inúmeras ações para consertar os
que andavam longe do seu caminho.

Cansa, senta, respira, grita, pede ajuda, ninguém te escuta.
Não que a ajuda não chegasse, mas o próprio caminho e seu jeito de enfrentá-lo limitavam passos alheios aos seus ladrilhos.
O que importa? Nada! Ela ainda tinha as notas e as vozes que embalavam e supriam todo e qualquer buraco, bifurcação e confusão que o redemoinho e curvas a causava.

Certo dia uma sensação de pisar onde não há chão a tomou conta,
Olhou para os lados nada via, nada ouvia...
Sua reação não foi de desespero e nem medo, foi de vazio.
Saberia ela o porque de tanta caminhada para sentir vazio? Não, mas seus passos seguindo as notas e vozes sabiam... E cadê os passos?




Na linha, nos ladrilhos, nas curvas... no redemoinho.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Algo nada linear

Ele gosta de músicas tortas e eu aprendi a fazer melodias desordenadas; ...

(dispenso pontos finais)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Nosso - (só nosso)

As marcas amassadas de suor e abraços,
A cama desarrumada e as risadas repentinas,
Brusca tomada de realidade quando o telefone toca,
Mas o tempo não estava normal, então nada estava dentro do foco.

Retomada para os olhos, que por favor, me diga que te fizeram registrar,
Registrar tudo o que podia estar escrito a fundo da alma, pois eu registrei.
Levanto e desfilo com uma taça fazendo você rir de como eu sou desastrada,
Tendo aquela sensação de que o mundo é nosso e que paredes são fronteiras de um mundo todo lá fora.

Mas sabemos que lá fora tem muito mais de nós e é nítido ao ver o quão melhor é descobri-lo juntos.
Ah querido, lados cruéis não combinam com você,
Te vejo como um profundo mar, com imensidões e paisagens perfeitas.

Deito novamente em seu peito e te sinto, como é bom te sentir.
E você sorri timidamente deixando o seu perfume no meu travesseiro.

Sozinha no mesmo lugar e você em outro...
Nada como agora esperar ansiosamente que o telefone toque novamente.


-Pude notar, é sempre assim...

domingo, 21 de março de 2010

O dia está lindo lá fora...

As vezes eu fico batendo na tecla do tempo, da sorte, do momento, da solidão, do desespero, da agonia, do surto e dos sussuros.
Mas é bem difícil alguém parar e ver o belo dia que está fazendo, mesmo chovendo, mesmo nublado. É fácil todo mundo saber que os problemas são gigantes, que a pressa sempre está presente e que os medos são infinitos. Quero olhar pra fora e ver que além de tudo isso eu posso mostrar que sou alguém melhor,que meras gotas escorridas tanto de olhos quanto de céus, podem lavar e carregar o que está em excesso.


É que no silêncio a vida me responde,
e explode o peito de verdades a serem ditas...
O mesmo silêncio se faz e se desfaz para que eu concorde comigo mesma,
E quantas sílabas tônicas não foram utilizadas com exatidão?
Mas, e dai? eu quero ver o dia lá fora.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Estrelas?

Andava ali...
Paradeiro? Pra que tê-lo?
Abismo? Pra que tentá-lo?
Sorrisos? Porque não multiplicá-los?

Andava lá...
Via pontos brilhantes que hipnotizavam... pareciam diamantes atraentes e ricos,
Disse com vida: "Aqui trago minha presença sem direção com uma cobertura de doces e intrigantes feitos".
Os pontos se ofuscavam e voltavam como memórias guardadas.

Andava em círculos...
E me jogava para sentir a distorção do que via e me via afundando naquela imensidão de pontos,
Ria, ria, ria, ria, ria, gargalhadas infinitas, gritava e estava sozinha.
Abria os olhos e chorava, as lágrimas já se confundiam como os tais diamantes e jurava que aquilo me tornaria algo igual à eles.

Sentia uma brisa tocando minha pele, como toques que já conhecia, como o clichê diz: "É como o vento, nós não vemos, mas sentimos e sabemos que existe".
E será que aquele toque também existia?
Olho os pontos e eles estão mais perto e até parecem saltitantes, me abraço, me comprimo e logo me solto como se fosse me libertar.

Não sabia em que direção me jogava para me inteirar,
Preferi ficar, preferi, prefiro e é o que vou preferir.


Pode me entender?







foto: www.flickr.com/photos/ericcoelho


sábado, 27 de fevereiro de 2010

vamos menina, é só uma prosa.

Gostaria de ser objetiva certas vezes, mas as métricas, rimas e versos soltos me prendem.
Pois bem, isso tem que ser mais simples que eu imagino.

Me desfiz de projetos que achei de dariam certo, só por dar... só por querer já tomar um rumo, o rumo que fosse, mas o meu já estava traçado não tinha que me desviar dele. Correr atrás de um sonho e simplesmente desistir e partir para algo que não tem nada a ver com o que eu desejo só pra me enganar por um tempo.

Ainda sou da opinião que se não é pra acontecer, não é pra acontecer. Isso pode ser um tanto quanto ilusório, mas eu nunca tive tanta certeza de dizer "não" para uma mudança brusca. A maioria pode me chamar de louca, de irresponsável, de quem está desdenhando, mas ninguém sabe o que ocorre na mente e no coração de cada um. E são fatos e mais fatos que vão ocorrendo que me dão forças pra dizer: eu fiz certo, mas também não é fácil, não tem sido fácil.

Me vi perdida, devo confessar, mas quem nunca se perdeu nas próprias loucuras? O que me pôs no lugar foi o apoio de pessoas que tenho ao meu lado e a confiança que tenho que ter em mim, ai as ideias borbulham novamente e o fôlego me salva.

E sabe aquela pessoa que você sempre sentiu saudades, mas você não a conhecia, que você sempre sonhou, previu, mas nunca tinha ideia de quem seria? ( É rimei =/ ) Pois é... "Tamo junto, tamo bem, eu gosto de você e você gosta de mim, e agora que mal tem?" (rimei denovo ;/).
O que acontece é que "vivo em madrugadas tão vazias como essa"... E a força está ai, pra quem quiser sentir, só num posso prever amanhã, isso não posso mesmo.


-Acho que não doeu, que me desculpem as poesias-

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Segundos reciclados

É em um espaço vago que pequenas aflições se juntam e ferem. Ela estava por lá, só estava por lá, quais eram as intenções? nenhuma. A flor que segurava forte se desfazia em cada segundo, em cada pétala caída, ela sabia que era o fim. Escutava sussurros, via a vela se transformando em nada, a chama estava acessa ainda, o que a tornava real.

Impossível não saber a hora exata da solidão, o fim pode ser todos os dias e o recomeço em segundos. A flor era temporal, as pétalas caídas também. A vela era temporal, a chama não.
Ela sabia que tinha a escuridão, mas o brilho vinha de outras frestas distantes, cada vez mais perto quando se sentia confiante e cada vez mais longínqua quando se fechava nos seus chamados.

Esperar não era o seu forte, intensidade era a palavra. Mas a contradição era sublime ao mostrar peças-chaves pro seu caminho. Ela era livre, o que lhe fazia feliz. Ela continua livre, o que a aprisionava, pois as respostas eram inúmeras pra cada pergunta. Enquanto isso a flor caia, a vela derretia, a solidão era um fato, as frestas eram mais brilhantes, o espaço que era vago agora se preenchia e a contradição permanecia.

São fases adicionais ou permanentes. O tempo poderia ser algo reciclável, fazer cada segundo se tornar mais perfeito do que o anterior ou menos angustiante.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Drinks, notas e delírio

As notas perfuram os campos sensoriais,
Se fazem como seres reais e despertam-se.
Trago então os devaneios e adiciono-os à essa mistura,
Então vejo luzes, como as da memória que me jogam e me acordam.

Água: líquida, sólida e gasosa,
Assim como a brutal transformação das ações,
Aquelas que você me fez ver,
Vi, toquei,fugiu e sumiu.

Álcool: doce e traiçoeira sensação.
Sozinha, amando, odiando, feliz, entristecida, acompanhada ou mal-resolvida,
Liberta de ligações, solta no espaço - o meu espaço,
Pode então dizer sobre a ilusão, quem nunca a encontrou?

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Piscar

Sinceridade foi feita para ser demonstrada,
E aquela forma de olhar pode ser que demonstre, ou não,
Pode ser que tudo isso apenas me faça me sentir segura,
Então, me deixe segura!

Porque de alguma forma eu me sinto livre, ou não,
Pode ser que a minha liberdade limitada me prenda,
E naquele piscar de olhos, você me ganhou...
Então, não me perca!

E nós só temos agora pra viver, ou não,
Pode ser que o futuro te encontre novamente,
E naquele passado você já me atravessou certa vez.
Então, me tenha agora!

Porque aquelas palavras ditas aos sussurros me afligiram, ou não,
Pode ser que essas foram perdidas no ar.
E naquele momento eu as peguei para mim.
Então, me prendi a você!