quinta-feira, 16 de setembro de 2010

bocado de medo

acho que hoje não vou conseguir escrever um texto desenfreado, e sim atropelar linhas, letras, rimas e palavras.

Gosto quando sinto medo, não aquele medo que faz você evitar algo, mas o que te faz repensar e fazer do mesmo jeito.
Aproveito o encorajamento do milésimo de segundo que me vejo pondo algo à frente. Recuar é preciso, mas de forma que eu não me limite.

Limitar, é esse o verbo que eu repugno de corpo e alma.

Até onde vou é o limite que me ponho, se quero ir além, é porque o limite ainda não chegou.
Tanto desenfreio assim causa medo... me causa, te causa, nos causa -i guess- mas, desculpa... sinceramente não sei colocar pausas em enormes colisões de pensamentos -foco nos matinais-.

O que é real traz consigo contrastes....

o que me deixa em plenitude de paz... os sintomas estão crescendo, é real.

domingo, 12 de setembro de 2010

pra ser sincera...

pra ser envolta à quem se faz indispensável,
pra dominar a arte de abstrair a angústia e fixar a ideia de que sentir é viver.

pra ser sincera,
engolir doces e construtivas memórias digere a ambiguidade da tristeza, que ora me fortalece e ora me desliga.
pra ser sincera,
te trazer é fazer de mim um excesso necessário.
pra ser sincera,
subtrair as impossibilidades multiplica meu poder do real.

pra ser sincera,
eu não poderia mais dizer que o que me completa é vivenciar agora.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

refúgio, não..

entre a diferença da presença e de um físico distante que se aproxima.

-do que vivemos mais?-

uma fila enorme de tormentos, um atalho pra recaídas, caminhos que só caem em contramão e de vez em quando um caminho de ladrilhos que nos levam à dias de riso, paz e sossego.
ficamos lá até quando nos convém, pois é cômodo... nem sempre podemos ficar, mas podemos trazer e somar ao trajeto -vem ou não vem-.

é que não me dou bem em refúgios, mesmo que num piscar sou levada pros caminhos contraditórios ao meu destino, -brusca tomada- vem o lado realidade instantânea, que não acho ruim, não mesmo, achar um buraco confortável e arejado para se acomodar não deixa de ser buraco.

quero somatória, equações de mil graus, caídas dançantes, medo de altura com vento. -que já não é igual ao vento movimentando o balanço no parque-