sexta-feira, 9 de abril de 2010

Passos

Ai ela abre os olhos denovo...

Olha lá ela abrindo e não vendo o foco!
Dá um tropeço, se endireita e cai em uma linha,
Linha imposta para um caminho que nem ela sabia aonde daria,
Mas não eram linhas normais, "lineares", eram curvas e redemoinhos misturados.

Notas e vozes recheavam a sua caminhada para torná-la menos cansativa.
Acalorava-se com os sorrisos que seus passos bem dados trouxeram,
Utilizava os passos anteriores como referência, mas distribuía inúmeras ações para consertar os
que andavam longe do seu caminho.

Cansa, senta, respira, grita, pede ajuda, ninguém te escuta.
Não que a ajuda não chegasse, mas o próprio caminho e seu jeito de enfrentá-lo limitavam passos alheios aos seus ladrilhos.
O que importa? Nada! Ela ainda tinha as notas e as vozes que embalavam e supriam todo e qualquer buraco, bifurcação e confusão que o redemoinho e curvas a causava.

Certo dia uma sensação de pisar onde não há chão a tomou conta,
Olhou para os lados nada via, nada ouvia...
Sua reação não foi de desespero e nem medo, foi de vazio.
Saberia ela o porque de tanta caminhada para sentir vazio? Não, mas seus passos seguindo as notas e vozes sabiam... E cadê os passos?




Na linha, nos ladrilhos, nas curvas... no redemoinho.

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