Você no início, tenta lutar contra ela -afinal, quem gosta de nadar em algo que você não sabe onde vai chegar?-
Mas, cansa, é uma fadiga que começa a parecer desnecessária, e você vai, como quem nunca soube onde exageros poderiam chegar.
E realmente pode chegar em algo, de repente, não mais que de repente, é como se alguém tirasse a tampa do ralo e te colocasse no rumo de um buraco fundo, vazio e atordoante.
Você vê passar com você tudo o que a correnteza te fez parar de lutar contra, indo, indo, indo...
indo...
Tão frágil quanto você...
Você roda, roda, roda antes de chegar lá, é nauseante, é torturante...
-e vomitar não alivia- quanto mais eu tento chegar mais rápido para onde quer que seja, mais eu rodo, mais eu me enjôo.
-agora eu quero lutar contra a correnteza né?-
Usaria aquela frase clássica, mas estou cansada de tanta direciona-la a você, mocinha...
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