quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A arte pela arte.

Ao coração que sofre

"Ao coração que sofre, separado
Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,
Não basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.

Não me basta saber que sou amado,
Nem só desejo o teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.

E as justas ambições que me consomem
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar;

E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar."

Olavo Bilac


Ontem a aula de literatura no cursinho me encantou!
Já tinha lido alguns poemas do Olavo Bilac, mas nunca com tanta vontade.
Gosto desse neorromantismo dele, o parnasianismo em si é a procura pelo belo, pela estética, algo visual. Mas gosto de poemas que dizem um pouco do autor, essa é a grande diferença desse poeta que foi o maior exemplo no Brasil nesse movimento literário.


"E as justas ambições que me consomem
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar"


Falou tudo.

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